sábado, 23 de outubro de 2010

O MUNDO E O JUBUTICABAL

Hoje me lembrei de quando estudava o ensino fundamental, de quando voltando da escola com meus colegas passávamos pelo Jaboticabal para deliciarmos dessa fruta brasileira.
Ali havia também muitos espinheiros. Tínhamos de entrar com cuidado.Entre espinheiros e jabuticabeiras fazíamos nossa preparação para o almoço, divertíamos, mas também espinhávamos nos espinhos e uns com os outros(rssrss). Era um protótipo do mundo, da vida.
Algumas pessoas plantam espinhos, especialmente nas áreas remotas da África para se defender dos animais ferozes; outros plantam espinhos por causa das flores que enfeitam o jardim e, outros mais o fazem por motivos diversos.
Quem planta espinheiro terá espinhos, mas naquele jabuticabal havia espinhos que não foram plantados por homem algum, e nós devíamos passar por eles para conseguir as jabuticabas. Estas por sua vez, eram em parte nativas, já as demais foram plantadas. Quem planta jabuticaba colhe jabuticaba.
Para a maioria das pessoas o mundo funciona com apenas um princípio: O que você plantar, isso colherá. Mas Jesus nos mostra que há muitas coisas negativas que experienciamos e que jamais as plantamos. O mundo dá. É nativo pela própria condição em que a terra(o mundo) se encontra. A terra “produzirá cardos e abrolhos”(Gn. 3.18), “No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo”(Jo.16.33) e você poderá pesquisar várias outras passagens que tratam do assunto. Se alguém deseja alcançar as jabuticabas terá de passar pelos espinhos inevitavelmente.
Em outras palavras, toda teologia moral de causa-efeito não tem qualquer valor para nos nortear na vida verdadeira, pois ela toma um fragmento de um princípio e o aplica a todas as circunstâncias.
Se alguém plantar o mal, colherá condenação à sua vida. Mas nem toda aflição, dor, pesar é fruto de uma semeadura do mal.



Em outra ocasião trataremos das implicações dessa visão revolucionária da vida.

Ilton,
Morada Nova de Minas
23 de outubro de 2010.