“Eu não preciso fazer
parte de uma igreja local, posso servir a Deus sozinho em casa”.
Provavelmente você já
ouviu esta afirmação ou algo parecido. O mais interessante é que isso é visto
como algo novo, do nosso tempo, mas é tão velho quanto o próprio pecado. Quando
Eva aproximou-se da “árvore do
conhecimento do bem e do mal” e foi seduzida pelo diabo ela estava sozinha(Gn.
2.17; 3.1-5).
É trágico ver as
distorções que se faz a algo tão simples de compreender e tão vital à fé
cristã.
Outra distorção comum
é a prática de reunir-se pela mera conveniência ou pela simples adulação que os
outros podem nos dá por sermos frequentes nas reuniões, ou para tentar “fazer
média com Deus” – como por exemplo, Isaías 1:10-20, como diz o verso 12: “Quando vindes para comparecer perante mim, quem
vos requereu o só pisardes os meus átrios?”(grifos meus).
Devo apresentar
algumas razões que me vem à mente agora para a boa prática de se congregar numa
igreja local:
1. Congrego porque Deus é amor e, portanto não é egoísta – logo a expressão da minha fé deve
ser comunitária, pois se não posso amar a quem eu posso ver, como amarei a quem
não o vejo? 1.Jo. 4.20.
2. Congrego porque é impossível amar sem relacionar – se amo a Deus, devo amar o próximo
e jamais o farei se não relacionar. 1.Jo. 4.21; 1Co.13.
3. Congrego porque o culto congregacional é a uma expressão em miniatura da
Igreja que é o Corpo de Cristo dando louvor a Deus – no céu não há crentes ilhados e a
comunidade redimida será plena de adoração em volta do Cordeiro de Deus. Ap. 4.
4. Congrego porque o culto congregacional é uma expressão, mesmo que pálida,
da comunhão que há entre o Pai, Filho e Espírito Santo – não há algo tão lindo de se ver
nesta terra quanto a reunião de pessoas com costumes diferentes, habilidades
diversas, histórias das mais variadas se reunirem num só pensamento, sentimento
e coração, isto é, para adorar a Deus, glorifica-lo e servir o próximo, isto é estar
em Cristo como um “novo homem”. Cl. 3.10-11.
5. Congrego porque o crescimento espiritual de cada membro é potencializado
pela ministração dos demais membros – em outras palavras, quando um crente deixa de participar
efetivamente ele está contribuindo para o enfraquecimento espiritual dos demais.
Inclusive, eu mesmo, pela efetiva ação do Espírito Santo, posso(e devo)
contribuir para o crescimento dos demais irmãos na fé. 1Co. 12.12-31 e Ef.
4.11-16.
6. Congrego porque meus pecados e minhas contradições jamais se manifestarão
diante de um espelho
– você pode ficar horas a fio olhando a si mesmo no espelho, mas só conhecerá a
si mesmo quando tiver que jantar, trabalhar, jogar futebol, realizar uma tarefa
em grupo, estudar a bíblia e sobretudo, conviver com um grupo de pessoas bem
distintas – Pv. 27.17.
7. Congrego porque não quero ter costume do isolamento autossuficiente – o autor de Hebreus identificou um
grupo de irmãos que “se achavam”, achando que, não precisavam de “admoestações”(conselhos)
nem de admoestar outros(Hb. 10.25).
Se você esperava
argumentos como: “Congrego porque é na igreja(leia-se templo) que eu vou receber
aquela bênção!”, “Congrego porque é na igreja(leia-se templo) que o poder de
Deus vai se manifestar!” etc., lamento te desapontar, mas você está muito
enganado! Esse tipo de declaração é anti-bíblica e absurda. E se as razões que
apresentei não lhe motivam a congregar, sugiro que você reveja se está ou não
na fé. “Examinai-vos a vós mesmos se
realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus
Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”. (2 Co.13.5).
Por isso queridos(as),
não há melhor conselho sobre o assunto como já fora dado em Hb.10.24-25:
“Consideremo-nos
também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não
deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos
admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.
Paz e vida em Cristo,
M. Ilton Marcos Soares Freitas
Igreja
Presbiteriana Moradas de Paz
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